quarta-feira, 25 de março de 2015

Objetificação da Mulher na Mídia

Olá, moças e moços!

Hoje vamos falar de mais um assunto polêmico. É difícil acreditar, mas em pleno século XXI grande parte da mídia ainda não resolveu se atualizar em relação à evolução da sociedade. Sabe aquela tradicional família brasileira que faz com que os valores e bons costumes sejam sempre mantidos? Então, é isso que acontece com a mídia também! A objetivação da mulher e desta como objeto sexual ainda acontece, por mais que as vezes a gente não perceba.  
Só como um primeiro exemplo, vamos relembrar nosso primeiro post no blog. Sabemos que o carnaval já passou faz um tempinho e que todos bebemos tanto que nem conseguimos lembrar das coisas que vimos, mas vamos nos esforçar. Alguém lembra da propaganda feita por uma marca de cerveja, claramente objetivando a mulher? Sim, estamos falando sobre a propaganda da Skol. Ridículo, né? Espero que todos concordem! Porém, essa foi apenas UMA das diversas propagandas e reportagens que vimos desde que nos entendemos por gente e que possivelmente nem percebemos que aquela era uma forma de objetivação ou opressão da mulher.



  
Antes de mais alguns exemplos sobre essa objetivação da mulher, vamos tentar entender um pouco mais sobre o papel que a mídia tem na sociedade. Como todos sabem, o direito à informação é um dos mais importantes princípios democráticos. Sem o amplo acesso a informação não existe democracia. Assim, devem existir diversos meios de que o povo consiga aprender um pouco mais sobre o que acontece em seu país e no mundo. Mas ao longo dos anos houve uma grande mudança, que prejudicou bastante a visão que se tinha das mulheres, os meios de comunicação hoje se preocupam muito mais com o que se conhece como “infotainment” (information + entertainment) do que com informações reais. Assim, como todo mundo já viu, essa mistura de entretenimento e informação, em relação à mulher, gera uma imagem cada vez mais estereotipada. É obvio que todo mundo já sabe que os veículos de massa costumam ajudar na construção de uma subjetividade cada vez mais alienada. E mais ainda, dificilmente será oferecido espaço para a expressão de interesses que questionem as estruturas básicas das relações capitalistas já estabelecidas. Assim, apesar de muitos não perceberem, os valores machistas são tão difundidos por grande parte da mídia que se tornam naturais. E aí é que se encontra o problema, se estes se tornam naturais, ninguém mais percebe que estão errados, e ninguém faz nada para melhorar a situação.


"Se o cara que inventou o sutiã bebesse skol, ele não seria assim"
A mídia, e mais especificamente, a propaganda, disseminam cada vez mais valores e ideais que são cada vez mais perseguidos, tanto pelos homens quanto pelas mulheres. Quem nunca viu uma propaganda de cerveja com uma mulher super gostosa dando atenção pra um cara só porque ele estava consumindo a bebida? Então, essa, para uma grande maioria, passa a ser mulher que as mulheres querem ser e a mulher que os homens querem ficar. É aí que são gerados  os tão problemáticos padrões de beleza (vamos falar sobre isso ainda, em outros posts, calma!)
Assim, o que vemos é a objetivação da mulher, e mais especificamente, de seu corpo. E como já citamos diversas vezes, Gayle Rubin trata deste assunto em seu livro, quando diz que se constitui um “conjunto de arranjos através dos quais uma sociedade transforma a sexualidade em produto, e na qual necessidades sexuais são satisfeitas”. A mulher sofre com a objetivação construída pela sociedade e a mídia, principalmente de massa, ajuda a perpetuar cada vez mais essa construção social, oprimindo cada vez mais o sexo feminino.

Essa opressão do sexo feminino na mídia não se dá somente a partir de propagandas. Como esquecer a onda de mulheres-frutas que aconteceu há algum tempo? Essas mulheres eram reduzidas a peitos e bundas. Tudo isso para que suas músicas vendessem, seus corpos aparecessem em alguma televisão, gerando, assim, lucro pra alguém que só estava se aproveitando da situação. E mais do que isso, provavelmente estas mulheres nem deviam perceber que seus corpos estavam sendo explorados como objetos sexuais.
Logo, amigas e amigos, todos já entenderam a importância que a mídia tem na construção de simbologias e na difusão de valores, né? Então dá próxima vez que vocês virem uma propaganda que objetifica uma mulher, uma música que diz alguma ofensa ao sexo feminino, uma notícia que oprime uma mulher, desligue a TV, não compre o produto! E vá fazer sexo!




Bibliografia:

2 comentários:

  1. façam algum post sobre a objetificação do sexo lésbico na mídia!!!

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  2. façam algum post sobre a objetificação do sexo lésbico na mídia!!!

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